Era uma
tarde de chuva e vento, como tantas outras, um tempo mais que habitual para a
época, um clima que adivinhava temporal mas minimamente suportável. Minha mãe
veio aqui a casa com a costureira enquanto eu tive que sair. Num instante tudo
piorou, o céu ficou carregado, começou a chover intensamente, seguido de granizo e o
vento era de tal maneira forte que as árvores vergavam. Pensei voltar para casa
mas recebi mensagens a avisar que um vendaval tinha passado pela cidade e decidi
ir averiguar pois a casa dos meus pais situava-se precisamente numa das zonas
atingidas.
De repente a
intempérie tinha passado e uma estranha calma pairava. Ao chegar á cidade, o
trânsito era imenso, não havia luz, os telemóveis tinham deixado de funcionar e
a polícia impedia de avançar para certos locais.
A falta de comunicação
e os caminhos impedidos com filas caóticas eram o que mais
preocupavam e no meio do stress e do caos, a rádio era o único meio que ia
dando informações sobre a situação. Quando finalmente consegui voltar para casa
e ligar a televisão lá estavam as imagens do inacreditável, era mesmo um
TORNADO.
O relato do
meu pai, que estava em casa na altura, diz que uma rajada de vento se aproximou,
as janelas tremeram e estrondos se ouviram no exterior, mas sem tempo para pânicos pois fora
tudo demasiado rápido. Segundos depois, já na rua, o cenário era um estado de
sítio, chaminés caídas, telhados destruídos, árvores partidas e outras arrancadas,
a destruição era imensa e o panorama desolador.
07-12-2010
5 minutos
depois
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