quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Tornado


Era uma tarde de chuva e vento, como tantas outras, um tempo mais que habitual para a época, um clima que adivinhava temporal mas minimamente suportável. Minha mãe veio aqui a casa com a costureira enquanto eu tive que sair. Num instante tudo piorou, o céu ficou carregado, começou a chover intensamente, seguido de granizo e o vento era de tal maneira forte que as árvores vergavam. Pensei voltar para casa mas recebi mensagens a avisar que um vendaval tinha passado pela cidade e decidi ir averiguar pois a casa dos meus pais situava-se precisamente numa das zonas atingidas.
De repente a intempérie tinha passado e uma estranha calma pairava. Ao chegar á cidade, o trânsito era imenso, não havia luz, os telemóveis tinham deixado de funcionar e a polícia impedia de avançar para certos locais.
A falta de comunicação e os caminhos impedidos com filas caóticas eram o que mais preocupavam e no meio do stress e do caos, a rádio era o único meio que ia dando informações sobre a situação. Quando finalmente consegui voltar para casa e ligar a televisão lá estavam as imagens do inacreditável, era mesmo um TORNADO.
O relato do meu pai, que estava em casa na altura, diz que uma rajada de vento se aproximou, as janelas tremeram e estrondos se ouviram no exterior, mas sem tempo para pânicos pois fora tudo demasiado rápido. Segundos depois, já na rua, o cenário era um estado de sítio, chaminés caídas, telhados destruídos, árvores partidas e outras arrancadas, a destruição era imensa e o panorama desolador.

07-12-2010



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