Gosto de filmes
que se passam no futuro, gosto da forma como o projectam, porque cada
argumento, mesmo que a realização ou os actores não valham um chavo, pode
encerrar um conceito particularmente interessante.
Como
imaginamos o mundo daqui a 20 anos ou daqui a 100? Por mais que os filmes nos
mostrem um mundo altamente tecnológico, seres extraterrestres a invadir a terra,
humanos a viajar pelo espaço, a verdade é que o mundo nunca evoluiu como os
filmes o mostram. Lembram-se da série de ficção científica dos anos 70, Espaço 1999? Sempre achei curioso chegarmos a 1999 e o mundo continuar tal como o
conhecemos, sem naves espaciais, sem maillots colados ao corpo, sem
teletransporte... Mas há que reconhecer que em 2000 anos de história muita
coisa mudou, o homem inventou a roda, começou a viajar de avião, descobriu a
energia nuclear (para nosso mal), foi á lua e tentou ir a Marte, manipulou a ciência,
a sociedade, a economia e continuou a aperfeiçoar a tecnologia, mas
até ver nunca conseguiu transportar para a realidade, a imaginação que um filme
comporta. Terão que se passar mais 1000 anos para que tal aconteça?
Este In Time,
tem como conceito o tempo de vida do ser humano. No futuro, a genética não permite
que as pessoas envelheçam depois dos 25 anos, mas só podem viver mais um ano
após isso. Excepto se comprarem mais tempo. O tempo agora é dinheiro. Ganha-se
e gasta-se. Os ricos podem viver eternamente, o resto das pessoas não.
Um enredo que
à primeira parece substancial e digno de filme de culto, no entanto os ingredientes não são bem
cozinhados e a história às tantas perde
a originalidade para se tornar numa cópia de Bonnie & Clyde dos tempos
futuros. Vale sim pela premissa e pelas várias carinhas larocas de Hollywood que
dão ar da sua graça nem que seja por poucos minutos: Olivia Wilde, Matt Bomer, Amanda Seyfried, Alex Pettyfer, Rachel Roberts, Cillian Murphy. Só ainda não consegui engolir o Justin Timberlake como actor, mas isso
é outra história.
Nenhum comentário:
Postar um comentário