O direito à
Greve está consagrado na Constituição da Republica, mas infelizmente
nem todas as pessoas o podem exercer. Eu sou uma dessas pessoas. Um contratado
não deve, ou melhor, não pode aderir a uma greve, that’s the truth… se antes quem
a fizesse não era bem visto, hoje o risco de perder o emprego, por falta em
prol de uma manifestação, é mais que certo. Que me lembre nunca fiz greve e não
sei se faria. A dúvida surge do facto de achar que um acto destes devia ser unânime,
reunir o máximo de cidadãos, marcar uma posição e provocar transtorno na rotina
habitual do país. Mas não é isso que se vê por aqui, o povo português é
demasiado brando, incapaz de se unir numa só voz e por isso uma voz que não se
faz ouvir.
Admiro
os povos que se revoltam, que mostram a sua raiva, nem que para isso ocorram distúrbios.
A violência não leva a lado nenhum, mas a pacificidade também não, ao menos do
caos podem nascer rumos de mudança.
Da greve geral do dia 24 não se
esperava muito, um país parado, marchas com milhares de pessoas, confrontos e distúrbios…
não, por aqui quase foi um dia como os outros. Pelos vistos, as medidas ainda não
são severas o suficiente para o povo ganhar ânsia de revolta ou ainda não se
chegaram realmente a sentir! Então que venha mais austeridade…
De facto houve movimentos à frente
da Assembleia, como no dia do movimento dos indignados. Não percebo é o acto da
tentativa de invasão (se é que se pode chamar a um derrubar barreiras e subir
uma escadaria), só se for algum simbolismo, porque não devem estar à espera que
os parlamentares estejam lá, pois não!
Depois de ver as notícias, deixo uma questão no ar: Porque
é que a polícia está sempre do lado do governo e pronta a bater no povinho,
será que recebem mais por cada paulada?
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