quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Desemprego

É estranho no dia em que as férias acabam ficar a saber que elas vão-se prolongar sem querer. Trocando por miúdos, desemprego anunciado essa é que é essa. As já famosas colocações têm destas surpresas, no final do mês de Agosto lá estão milhares de pessoas com o coração a palpitar à espera de saber o que o futuro lhes reserva e por normal nem sempre é coisa boa. Este ano foi uma razia, com os cortes anunciados e os horários escassos, muitos contratados que até aqui tinham colocação, viram-se literalmente descartados.
Não sei se isto acontece noutras profissões, mas ao fim de 9 anos de serviço não deveria estar a subir na carreira em vez de regredir? Uma pessoa não devia estar estável no mesmo local de trabalho em vez de andar a pular? E porquê ainda esta expectativa tipo roleta russa todos os finais de Agosto?
Percebe-se que nos primeiros anos de serviço a situação seja naturalmente precária, mas já passou e sobrevivi. Agora ao fim de 9 anos, quando se pensa que a estabilidade chegou, quando ao fundo do túnel existe uma quase certeza que todos os anos haverá um lugar garantido, vem um novo ministro e as leis mudam, vem uma crise económica e os professores são os culpados! Assim não existe estabilidade possivel e pelo rumo que isto leva serei contratado a vida toda, senão outra coisa pior. Bons velhos tempos quando um professor era respeitado, tinha estatuto e uma vida regalada. Agora não é nada assim. O que está a dar é ser político, jogador de futebol, jornalista e padre. Quem me dera ter outra opção profissional, mas é só isto que sei fazer!

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