quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Eu e os Presentes



Quando me perguntam o que quero no Natal e nos anos, não sei dizer, porque não tenho uma must have list, já não há gadget ou roupa, acessório ou utilitário que me apaixone e nos tempos que correm acho um total desperdício de dinheiro esse tipo de ofertas. Hoje em dia tenho uma lista sim, mas de coisas que eu gostava de ver resolvidas por aqui e são tantas que até parece que a casa precisa de obras outra vez! Não peço que me paguem o reboco das paredes ou a instalação elétrica para o alpendre, nem o arranjo das tomadas ou dos rodapés, bastava-me que fizessem o contato com o empreiteiro, o marceneiro ou o eletricista e tomassem a iniciativa que por vezes me falta. Uma casa como esta precisa de constantes limpezas e arranjos, o terreno e a horta precisam ser cuidados para produzirem a sério e os animais precisam de melhores instalações já que são cada vez mais, mas este tempo invernoso não deixa fazer nada e eu também não me encontro na melhor das formas para ir fazendo seja o que for. O melhor que me podem oferecer é simplesmente ajudar.
A oferta de prendas já teve mais importância para mim, agora aborrece-me quando me dão alguma coisa que não pedi, que não me faz falta ou que não gosto. A roupa é um caso muito complicado e dai já ter afirmado que não quero que me ofereçam, mas a minha mãe continua a fazer-me surpresas com peças que só vestiria no seu imaginário. Este Natal deu-me um casaco, porque eu precisava desesperadamente de casacos de inverno (tenho três com o fecho estragado e andava constantemente com os mesmos, na escola já deviam pensar que aqui o pobre não tinha mais nada para vestir), como não gostei do casaco foi troca-lo, mas veio outro ainda pior, então lá fui eu à Modalfa fazer a troca sem expectativas de encontrar nada de jeito. Mas surpresa das surpresas dei de caras com uma camisa que me lembrava por demais umas que tive nos anos 90 e um casaco mesmo do estilo que eu queria. Agora tenho andado diariamente com ele... já devem dizer “olha tem casaco novo agora não o larga, é mesmo à pobre!”.


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