segunda-feira, 3 de setembro de 2012

George Michael



Voltando á música e ao universo pop, tenho que falar imediatamente de George Michael e de três vídeos que no meu ver caracterizam os anos 90 no seu máximo esplendor de moda e estilo: Freedom ’90, Too Funky e Killer/Papa Was A Rolling Stone.
No primeiro, lançado em 1990, o cantor não aparece no vídeo, mas surgem imagens altamente sugestivas das mais fabulosas supermodelos da altura: Naomi Campbell, Linda Evangelista, Christy Turlington, Tatjana Patitz, Cindy Crawford e os modelos masculinos John Pearson, Scott Benoit, Mario Sorrenti, Peter Formby e Todo Segalla. É até ao momento o vídeo que reúne mais caras famosas por minuto, mas esta música não se faz apenas de moda e estilo, ela encerra subtilmente várias mensagens: primeiro o realizador escolheu pessoas de outro sector que tiveram problemas de contratos no inicio das suas carreiras em idade precoce, depois George fala sobre o seu amigo ex Wham que parou de cantar devido a esses problemas contratuais com agências que arruínam carreiras e artistas, por último o vídeo simboliza o fim da era ”Faith” com a destruição de três símbolos associados a George: a jukebox, a guitarra que explode e o blusão de cabedal que arde.
No vídeo Too Funky, de 1992, volta a associação entre moda e música, George aparece como um realizador que filma várias supermodelos a desfilar na passarela, e a direção é do estilista Thierry Mugler. Inicialmente o vídeo iria ter as mesmas modelos que apareceram em Freedom, mas Mugler decidiu escolher novas modelos. A Linda Evangelista juntaram-se, Nadja Auermann, Emma Sjoberg, Estelle Hallyday, Shana Zadrick, Tyra Banks, Emma Balfour e as atrizes Julie Newmar e Rossy de Palma, todas usando roupas de Mugler que hoje são consideradas ícones.
Quanto ao vídeo de Killer/Papa Was A Rolling Stone, de 1993, foi um marco para os clipes de música onde a palavra se alia á imagem. O lettring colorido assumidamente pop sobrepõe-se às imagens a preto e branco que retratam uma cultura underground, decadente e promíscua, como uma metáfora para o consumo que procura alastrar à sociedade, onde os piercings podem ser muito subversivos e sensuais. É todo um styling que vingou e marcou os anos 90 e que hoje é copiado vezes sem conta. Dos mais criativos vídeos que conheço.




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