terça-feira, 28 de agosto de 2012

Arca de Noé


Sempre gostei de animais e faço o possível para lhes proporcionar uma vida feliz. Quando os tratamos com mimos e nos respondem com manifestações de tal maneira humanizadas que a evolução das espécies poderia desenvolver, fico com a estranha e infundamentada sensação de que já foram pessoas numa outra vida. Quando pedem comida, quando dormem ao pé de nós, quando ficam contentes quando chegamos a casa, sente-se uma racionalidade e uma gratidão nos comportamentos que se pressente a existência de uma comunicação, apenas incompreendida por falarem línguas diferentes.
Atualmente tenho uma cadela que apareceu aqui e ficou, 4 gatos que dormem dentro de casa (3 deles vindos de uma loja salvos de destino incerto), periquitos, gansos, perus e galinhas, que crescem a olhos vistos ao ar livre. Sempre gostei de animais de quinta e na infância só não tive mais porque não tinha espaço, daí que, quando comprei esta casa que tem bastante terreno não via a hora de trazer para cá bicharada.
Queria ser um Country Boy á séria, mas falta-me o background de agricultor, porque até aqui sempre vivi na cidade. A falta de experiência tem-se revelado na horta que produz muito aquém das expectativas, mas também reconheço que há alguma falta de empenho. Já com os animais um dos objetivos está a ser concretizado, pois tenho ovos frescos todos os dias, o outro objetivo a concretizar é fazerem criação, porque uma casa onde nascem animais é um lar abençoado. Não esquecendo que aqui já nasceu um canário, uma ninhada de cães e outra de gatos... e a arca de Noé já não ia vazia.

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