terça-feira, 11 de outubro de 2011

Querido


Comecei a ver o Querido Mudei a Casa apenas quando passei a ter Meo, hà 3 anos atrás, esse e outros mil e não sei quantos programas de remodelações de casas, todos absolutamente extraordinários. Mas o Querido era e é o único do género feito em Portugal e por incrível que pareça já leva uma longevidade difícil de alcançar em programas de entretenimento nacionais, umas incríveis 16 temporadas.
São transformações de salas, cozinhas e jardins, de deixar uma pessoa ruída de inveja e a pensar porque não eu também!? Mas infelizmente o programa só contempla moradores na zona de Lisboa num raio de 30 kms, apesar de também já terem ido ao Porto e ao Algarve. Com cerca de 200 programas realizados, significa 200 famílias felizes com casas renovadas, por um decorador e sem gastar nada, uma experiencia que só o Querido pode proporcionar. Quem sabe, agora com uma loja Leroy Merlin em Coimbra, a zona Centro também possa ser considerada!?
Eu bem que precisava de alguns retoques aqui em casa, algumas divisões paradas por falta de budget, um jardim que de certeza levava um twist se por aqui passasse a equipa do Querido e muitos cantos e pormenores a precisar de objectos bonitos, ideias frescas e o toque de midas que só um decorador consegue ter. Quer dizer, eu como pessoa ligada as artes também era capaz de fazer uma decoração digna, falta-me é o principal… os patrocínios, por isso as coisas vão sendo feitas mais lentamente e ao sabor da maré.
Há quem defenda que não devemos dizer tudo o que pensamos… é uma situação delicada, não se trata de ofender, trata-se de apontar aquilo que parece menos bem. Como telespectador penso que o devemos fazer de modo a quem nos proporciona o entretenimento possa ter uma ideia daquilo que mais e menos agrada ao consumidor. Pois foi nesse intuito que uma vez deixei um comentário bastante extenso no blog da produtora e decoradora Ana Antunes. Expressando que me sentia incomodado com o facto de em vários programas ver a remodelação acontecer nas casas de pessoas que economicamente não precisavam, em detrimento de outras bem mais necessitadas. Recordando até episódios onde a remodelação da casa foi total e as famílias eram visivelmente carenciadas.
Nesses projectos, o conteúdo do programa foi muito além de apresentar uma sala bonita, houve um particular interesse em contribuir para o bem-estar de alguém e mais que simples entretenimento elevou o programa ao estatuto de serviço público. Deixando todos com uma sensação de plenitude, quem ajudou, quem foi recompensado e quem assistiu.
Decerto não tive qualquer influência, mas o facto é que vejo na temporada que passa actualmente na SIC Mulher, aos Domingos pelas 19 horas, projectos atrás de projectos onde se melhoram as condições de habitação e vida de pessoas que realmente necessitam, chegando a remodelações de várias divisões e até ao total das casas.
Eu posso querer muito a visita dos Queridos e aqueles objectos lindos do Caixote e da Arboretto, mas fico muito mais satisfeito de os ver na casa de alguém que precisa. 
 

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