Há dias deparei-me num blog com imagens da nova linha de acessórios da Givenchy
e o autor do post rejubilava de entusiasmo qual fashion victim com os ditos acessórios.
Não sou mestre, mas já sou “antigo” e incomoda-me quando “miúdos” deliram com coisas
que não são de todo novidade. Ok eles não viveram nos 80’s nem nos 90’s, mas
apreciadores de moda que são, podiam fazer o trabalho de casa e tentar perceber
a origem das coisas, porque hoje em dia nada surge do nada. Vivo convicto que
presentemente é quase impossível criar algo verdadeiramente novo, em tecnologia
sim, sem duvida, será sempre a inovar, mas no que toca a música, moda, decoração
e até o modo de vida das pessoas, o que assistimos é a um revivalismo, a um
constante regresso ao passado, que é o que acontece sempre quando as ideias se
esgotam ou quando não temos mais perspectivas de futuro.
No que diz respeito a estes acessório, eu diria que não são nada de novo,
mas sim uma reinvenção e a própria Givenchy deve estar consciente disso, pois
não foi ao acaso que elegeu a música dos Prodigy para o vídeo de apresentação
da coleção. O vocalista da banda Keith Flint, em 1996, foi impulsionador do uso
de piercings de nariz e afins, num movimento electro punk e não num conceito
fashion como é óbvio.
A primeira vez que a vi foi no vídeo Crazy
do seu pai “Aerosmith” e logo depois no filme Empire Records(1995), por influência de amigos da altura,
consumidores compulsivos de americanisses e ídolos teen. O filme retrata um dia
movimentado numa loja de discos e dos seus jovens empregados às voltas com problemas
existenciais: Corey quer deixar de ser
a menina certinha, Gina quer namorar mais um pouco, A.J. quer se declarar à
amada, Mark e sua banda querem aprender a tocar algo que preste, a rebelde
Debra rapa o cabelo e um miúdo pretende assaltar a loja. Ao longo do dia,
segredos são revelados, amizades postas à prova, erros perdoados, tudo celebrado com muita música. O filme
apaixonou adolescentes, quer pelo argumento quer pelo elenco que juntou no
mesmo écran várias estrelas em ascensão. Tornou-se imediatamente num dos meus
filmes favoritos e foi a partir daí que comecei a seguir a carreira de Liv Tyler.
Cada filme que protagonizou dava um post: Stealing Beauty (1996), That Thing You Do (1996), Onegin (1999), Plunkett & Macleane (1999), a
saga Lord of the Rings (2001-2003) que dispenso, seguindo-se depois uma fase menos
interessante, mas ingressando em alguns blockbusters. Tornou-se rosto dos
perfumes Givenchy desde 2003, surgindo este ano numa colaboração com a Sony
Music e numa nova faceta, a de cantora. Trata-se de um cover dos INXS o hitNeed You Tonight (1987). Desta nova versão,
gosto da estética black & white que os anos 90 popularizaram e que torna
tudo intemporal e gosto desta Liv Tyler sexy e gorgeous.
A descoberta
de músicas antigas continua, algumas bem difíceis, porque só conheço o titulo,
parte da letra ou o filme onde a ouvi. É o caso desta dos Belly de 1995, som e ambiente
grunge, vídeo black & white, não podia ser mais 90’s.
(que raio, ainda não entendi essa de alguns videos do youtube não estarem disponiveis quando os posto aqui!)
Encontrei,
encontrei, finalmente encontrei a música que me persegue desde sempre. Ouvi pela
primeira vez no trailer do filme Ordinary People (1980) e fui ouvindo por ai em dezenas de versões e situações, mas
sem informações concretas. Canon in D Major de Johann Pachelbel, em português Canone em Ré Maior, sim é uma música clássica e sim é linda. Pouco sei de obras clássicas,
mas acho que num Quiz ainda era capaz de associar o compositor á sua obra, mas
este desconhecia por completo! Aqui ficam algumas versões, a Rock pode causar
surpresa, mas nada supera a original.
Como ando numa de revisitar musica antiga, hoje calhou estar a ouvir Darius
quando liguei à minha mãe e entre outras coisas, falou-se dos anos do meu primo
amanhã. Quando terminei o telefonema fui ver informação
no Wikipédia e reparei que o Darius faz anos amanhã,
precisamente a mesma idade que o meu primo.
Coisas como esta andam acontecer cada vez com mais frequência, por isso já não
encaro com espanto, mas com dúvida e estranheza porque não consigo decifrar o
que quererá dizer. Meras coincidências ou sinais, eis a questão!? Pelo sim pelo
não, faço aqui um trato, quando voltarem a acontecer este tipo de coisas, pensar
em alguém e essa pessoa aparecer, falar em alguma coisa e ela acontecer... vou
postar aqui no blog e logo veremos as vezes que acontecem. Combinado! Coincidência
ou não há 2 meses falei deste assunto aqui e ontem aqui.
Há muito tempo que deixei de comprar CDs, provavelmente desde que apareceram
os sites de downloads, é para uso próprio, portanto, penso que não é crime. Que
me perdoem os artistas, mas com gostos musicais tão dispares a minha Music Box que chega aos 250 exemplares, já
me teria custado uma fortuna. Continuo numa de passar em revista álbuns antigos
que repousam no arquivo e faço uma seleção, o que é música do momento e a que
realmente deve permanecer comigo através dos tempos. Porque tudo está em
constante mudança, o que soava bem há 10 anos hoje pode estar ultrapassado, mas
não desdenho do pastiche e dos sons da moda que marcaram eras, pois são eles
que nos proporcionam hoje bons remembers, ou não estivéssemos a viver um boom
revivalista. No entanto tenho para mim que a verdadeira música é aquela que se
torna intemporal.
Ontem ouvi Katy Perry – One of the Boys 2008 e Beyoncé – I AM...SASHA FIERCE 2008, curioso foi pegar em Amanda Ghost que já não ouvia há tanto tempo,
começar a ler a biografia dela e descobrir que foi produtora em várias músicas
de Beyoncé, precisamente do álbum que acabara de ouvir.
De Ghost só conheço um álbum, repleto de músicas potentes e perfeitas, mas
assim como a descobri assim lhe perdi o rasto. Se há artistas que nos perseguem
e teimam em não se deixar cair no esquecimento, outros o tempo faz passarem
para o baú das memórias, porque lhes falta mediatismo e a máquina por trás. Na
verdade Amanda Ghost pertence á máquina ou não fosse ela autora de letras para
vários artistas incluindo Shakira e Prodigy e não tivesse sido presidente da
Epic Records.
Idol é daquelas músicas perfeitas, com uma letra soberba e um vídeo que
merece ser visto até ao fim.
Amanda Ghost - Idol (2000)
I can see it, I can feel it
Rushing in my veins
I don't like it, I don't hide it
See it in my face
But I....don't want, to wait...
For I....have lost, my faith....
Where can I find myself an idol
Somebody that I can look up to
Be big enough to hold me close in their minds
And never let me down
And all these stupid conversations
That always seem to lead nowhere
They're going round and round and round in my head
And they'll be back again, they're coming back again
Its not fair, I still care now
Were always alone
Honesty and modesty will never find my home
But I... will never say....
When I ....have lost my way.....
Why can't I find myself an idol
Somebody that I can look up to
Be big enough to hold me close in their minds
And never let me down
And all these stupid conversations
That always seem to lead to nowhere
They're going round and round and round in my head
And they'll be back again, they're coming back again
Can't take it, can't take (don't throw it away)
Can't take it, can't take it, their coming back again
Can't take it, can't take it (don't throw it away away away)
(Don't throw it away)
Can't take it, can't take it (don't throw it away away away away)
Há 17 anos que adoro esta
música e me questiono o que raio se passou no dia de São Swithin! Hoje deu-me
para investigar e encontrei tudinho.
SãoSwithin(ou maiscorretamente, Swithun) foi um bispo saxão deWinchester, ficou
famosopelos presentesde
caridade que dava e pela construção deigrejas. O bispo
pediu para ser sepultado na rua e durante 9 anos o seu desejo foi seguido, até
que os monges de Winchester removeram os restos e colocaram no interior da capela
a 15 julho de 971. A lenda diz que houve tempestades durante a cerimónia e no
seu aniversário. Isto levou ao ditado popular que se chover no dia de SãoSwithin choverá nos próximos 40 dias
seguidos e se tiver sol serão 40 dias de bom tempo. Mas isto não passa de um mito,
que foi posto á prova por 55 ocasiões e tal não sucedeu.
Há ainda um
ditado que diz se chover no dia de S. Swithin, as maças serão abençoadas, assim
os produtores acreditam que as maças não devem ser apanhadas ou comidas antes
do dia 15 de julho, altura que ficarão totalmente maduras.
Pelo sim
pelo não, a 15 de julho as
pessoas continuam a olhar para o tempo e a deduzir como
serão os próximos 40 dias.
Enquanto arrumava o escritório ouvi 3 álbuns. A divisão é assim tão grande?
Não, eu é que sou lento no que toca às limpezas, um dia para cada divisão e e
e... Os eleitos foram:
Little
Boots – Hands 2009 – Um álbum com muito estilo, eletro pop com sintetizadores
ao rubro, muito ao sabor da moda do momento, mas ainda assim consegue o seu quê
de originalidade.
Ouvir no repeat: Remedy.
Dover – Follow the City Lights 2006 – Uma banda espanhola que canta em inglês
na perfeição não é muito comum. Conhecia uma música sem saber que era deste
grupo, só anos mais tarde ouvi o álbum e é daqueles que se devora de uma ponta à outra.
É animado, dançável, memorável. Ouvir no repeat: Todas.
Dubstar - Disgraceful 1995 – Recordo-me de ouvir este álbum milhares de
vezes, havia algo nas letras dúbias que me fazia trabalhar a
imaginação... Foi paixão duradoura que achei que não passaria de moda, hoje com 17
anos de distância acho uma sonoridade extremamente kitsch. Ouvir no
repeat: Stars, St. Swithin's Day.
Quando vi a abertura dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, fiquei imediatamente
estupefato com a grandiosidade do espetáculo, qual épica produção cinematográfica
ou não tivesse sido projetada por um realizador, Danny Boyle. Nela se revisitou
a história da Grã-Bretanha em todos as vertentes, da revolução industrial á I
Guerra Mundial, dos marcos da literatura e dos ídolos do cinema aos ícones da
música, tudo meticulosamente organizado a roçar a perfeição, porque inglês que
é inglês tem que mostrar ao mundo a sua soberba.
Não estava à espera que a cerimónia de encerramento superasse o que já havia
sido conseguido em termos de espetáculo, foi melhor ainda, com uma verdadeira
chuva de estrelas que reuniu os melhores da música inglesa e as figuras mais
carismáticas de todo o sempre. Para a posteridade fica mais uma reunião das Spice
Girls, que cantaram Wannabe e Spice up your Life do cimo de uns magnificos taxis em movimento.Gostei
do cuidado da modernização das roupas e da boa forma física das cinco, como se o tempo tivesse parado por 16 anos.
Gostei também do momento fashion da noite, com as modelos britânicas mais
mediáticas a desfilarem em modo ouro pela enorme passarele.
Quando
assistia a cerimónias de Jogos Olímpicos e espetáculos similares com
transmissão televisiva, vinham-me sempre recordações de uma encenação com
patinadores transportando animais estilizados que vi há vários anos atrás. Já
tinha procurado essas imagens sem sucesso e estava a ver que era desta que o
Google e o Youtube não tinham resposta para mim, mas insisti e encontrei.
Tratam-se dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2002 em Salt Lake City e o criador
dessas belíssimas marionetas é Michael Curry, responsável por várias figuras,
adereços e cenários para espetáculos e concertos, como o Cirque Du Soleil ou a
apresentação de Madonna no Super Bowl. Eis aqui o portfólio do senhor.
Para mim, qualquer filme com perto de duas horas é um suplicio,
inquieta-me, enfada-me, não consigo ver por inteiro, daí que a duração de um filme
muitas vezes dite a minha vontade de o ver. Talvez por isso tenha visto menos
filmes nos últimos tempos e The Three of Life já estava para ser visto há um
ano. O trailer aguçou-me o apetite, mas as mais de duas horas detinham-me a
disposição. Com a lista de filmes a aumentar dia após dia, recomecei as sessões
de cinema em casa, mas lá está, este foi visto às prestações.
É um filme feito de silêncios, de imagens de tirar o fôlego, repleto de
metáforas, de cânticos e sussurros. Belo. Uma obra prima visual. Mas peca pela sua duração.
A ruiva do momento é Jessica Chastain, vi-a recentemente no (muito parado)
Take Shelter e logo a seguir no (muito original, muito longo e igualmente muito
parado) The Tree of Life. Começou como bailarina, passou por diversas séries de
televisão e em 2011 fez parte do elenco destes dois filmes e de As Serviçais
pelo qual foi nomeada para o Oscar de melhor atriz secundária. A partir daqui
tenho a certeza que vamos vê-la muitas e muitas vezes.
Cabelo cor de cobre, olhos azuis, nariz perfeito e boca rasgada a fazer lembrar por demais Julia Roberts! Yeah i’m in Love!
Compras pela internet já o fiz, assim que me lembre na Pull & Bear e na
Bioinvitro, mas com a questão dos portes não achei que compensa-se. Outros sites
há que não se paga o envio da encomenda, mas nunca vi nada que verdadeiramente
me fizesse falta e isso de comprar roupa e sapatos é melhor ao vivo e
a cores. Sites de compras e vendas já explorei muitos e agora também os tenho usado
para colocar coisas à venda: Olx, Coisas, Custo Justo, Leilões.net, mas a preferência
vai para o Facebook porque consegue ter um feedback imediato. Nota-se que há cada vez
mais aderentes nos grupos de vendas online, situação explicada pela crise, que
se continuar assim, em menos de nada vão ser mais os vendedores que os compradores!
Pois desta vez a compra foi pelo leilões.net, um DVD da série Will & Grace
que estava apenas a 6 euros. Fiquei sem saber se o produto era novo ou usado,
pois a caixa ainda vinha com o invólucro da Fnac com a data de Janeiro e o preço
marcado 24,99€. Realmente houve uma considerável
baixa de preço nas lojas, de todas as primeiras temporadas de séries, mas não tanto, ou seja, fiquei a
ganhar com esta compra!
Quando à
série, vi a 1ª temporada e alguns episódios da 2ª quando passou na TVI em
1998/99, sei que passou mais tarde na TV cabo, mas nessa altura ainda não
tinha acesso. Queria muito ver e rever esta série duma ponta à outra, 194
episódio é dose, só que este DVD é apenas da 2ª temporada... resta-me continuar
à procura de outro achado.
Se há
coisa que detesto no Verão, para além do calor, são as melgas. Anseio dormir
tranquilamente destapado, de janela aberta nas noites mais quentes, sem esses
insetos irritantes a zunirem aos ouvidos, mas cada ano que passa tudo se repete.
Eu sabia qual era a solução só que ainda não tinha encontrado o antimelgas mais
eficaz de todos, assim, da última vez que fui ao IKEA trouxe uma rede mosquiteira. Tudo bem pode não ser a coisa mais masculina
para se ter no quarto e é impossível olhar para uma sem vir à ideia
princesas e crianças, mas a verdade tem que ser dita, as noites são um descanso.
Há cerca de um ano que não tenho cama fixa para dormir, ora estou no quarto principal,
ora no sofá e há pouco mudei-me para o quarto de visitas (que ainda não teve
nenhuma!) e foi lá que coloquei a rede. Acho que ficou com um certo ar colonial,
qualquer coisa entre África e os Trópicos.
As
primeiras lembranças que tenho da louça Bordalo Pinheiro remontam à infância, onde
em casa de familiares e conhecidos existia uma ou outra peça na parede. Não me
recordo se gostava ou não, mas achava estranho ver pendurado um prato com uma lagosta em relevo e também me intrigava comer em louça com feitio de couve. Mais
tarde a estética Bordalo Pinheiro reportava-me para o imaginário kitsch, senão
piroso, e penso que nos anos 90, onde reinou um certo minimalismo nas roupas, nos
vídeos, na arquitetura e também na decoração, grande parte das pessoas pensou o
mesmo. Tal facto justificou o desprezo que a Bordalo sofreu desde então, ao
ponto de até há pouco tempo a fábrica sediada nas Caldas de Rainha, ter estado
em eminência de fechar. Um súbito interesse do governo em preservar o que é
nacional evitou o encerramento da fábrica e de um momento para o outro, o
produto made in Portugal começou a ser valorizado. Embora as peças mais
marcantes da Bordalo não sejam para todos os gostos nem para todas as casas, há
sempre a linha mais casual e soft. Quando fui morar para o apartamento alugado em
2007 e para esta casa em 2010, adquiri várias peças e algumas foram-me oferecidas,
como esta terrina que tem uma presença que não passa despercebida. Sempre me identifiquei
com o estilo rústico/campestre na decoração das casas, porque sempre gostei da vida
do campo, das quintas, dos animais e da natureza. Uma casa que incorpore
esses elementos e tenha uma atmosfera do princípio do século, é o meu ambiente ideal, mas
a decoração é como uma casa reconstruída há sempre coisas pendentes, inacabadas
e em constante mudança.
Procurava
um aparador com alçado para a sala já algum tempo, tinha uma ideia concreta do que queria, mas para além de serem difíceis de encontrar, são muito mais caros que um
aparador normal. O tipo de mobiliário que aprecio e o que combina melhor com o estilo aqui de casa não se encontra no IKEA nem em lojas do género, daí que algumas peças
que tenho do tempo do apartamento alugado estejam arrumadas na garagem e outras
e pedir desesperadamente para ser trocadas. Para encontrar aquilo que gosto,
móveis com tempo e alma, costumo visitar regularmente alguns armazéns de peças em
segunda mão, foi então que nos falaram de um a meia dúzia de quilómetros daqui
e no dia seguinte tivemos que ir averiguar. Fiquei fascinado logo à primeira
vista, parecia aqueles armazéns americanos onde reina a diversidade e a confusão,
havia móveis empilhados até ao teto, roupeiros desmontados, cadeiras penduradas
nas paredes, tudo cheio de pó como se não tivesse sido mexido há anos.
Encontrei logo várias peças que me agradaram a um preço que não lembra a ninguém,
que não vou revelar porque encontrei a minha caverna de Alibábá e pretendo lá voltar
muitas vezes. Para além do mobiliário para a casa, também encontrámos coisas
interessantes que depois de tratadas podem ser vendidas nas feiras de
antiguidades/velharias que temos ido aos fins de semana.
Estão
o governo preferia cortar os subsídios de férias e de natal do povo e
deixar passar pela sombra as "gorduras do estado"? Como não conseguiu ir em frente com a ideia inicial,
ficámos agora a saber que parte das "gorduras" são mais de 300 fundações, que recebem
milhões por ano e que ninguém sabe ao certo para que servem e onde aplicam o dinheiro! Tão mau ou
pior, é o mesmo governo querer obrigar todo o tipo de comércio a passar
faturas, uma medida criada para combater as chamadas
economias paralelas responsáveis pela falta de dinheiro no país. Deixa
ver se percebi, então os responsáveis pelo desvio de capital são os
feirantes, os donos dos mini mercados e dos cafés!? Bem me
parecia que era com o dinheiro das bicas e das alfaces não faturadas que
andavam a viver à grande... grandes sacanas!!! Os pobres gestores é que nem sonham com isto, moiros de trabalho, não têm descanso com tantas empresas para gerir em simultâneo e os deputado, coitados, com os seus vários empregos e negócios privados para tratar ainda fazem o sacrifício de ir ao parlamento lutar pelos
nossos direitos!!! Sarcasmos à parte e falando bem a sério! Que raio de governação é esta, que rumo nos quer dar? É
mandar os portugueses emigrar, afundar o país e vende-lo barato aos angolanos? É levar os que têm pequenos negócios à penuria? É deixar a população sem dinheiro para o dia a dia? É originar cada vez mais desemprego?
Não sou político, por isso vejo as coisas da perspectiva do povo, do cidadão comum que sofre as consequências diretas de todas estas leis castradoras. Sendo os ordenados e os subsídios direitos adquiridos, jamais deveriam ser cortados ou retirados, pois é dinheiro que circula, que coloca o país em movimento, que origina poder de comprar, que leva à procura de bens, que promove a produção e gera mais emprego.
Um povo com dinheiro tem mais poder de compra do que esse dinheiro nos bolsos
de um grupo restrito de pessoa que o vai gastar lá fora e se está a borrifar para o país. Parece um pensamento ingénuo e simplório, mas foi assim que aprendi na escola. É
assim ou não é?
Mudam os ministros, mudam as leis e mais uma vez se mexe na área da
Educação. Entrei para o ensino há 10 anos e já nem sei quantas alterações foram
feitas nos concursos, nas avaliações, nas disciplinas, nas escolas, nas administrações...
É o setor mais instável de que há memória, o que hoje é adquirido amanhã está a
ser mudado, quando as pessoas ainda se estão adaptar vem outra regra ou altera
tudo, assim não há condições! Mas o que foi feito até agora não é nada comparado
com a revolução da era Crato: turmas maiores, o fim do par pedagógico de EVT, a
eliminação de disciplinas e de uma série de atividades escolares, ainda nem o
ano letivo começou e já se estão a ver os efeitos devastadores. Sob o lema que é tudo para o
bem do ensino, arquitetam-se planos maquiavélicos com a intenção de
aniquilar a função publica, a começar pelos contratados que vão ficar de fora das escolas. Se no ano passado já foi difícil arranjar uma colocação, agora vai ser impossível. Está visto, estou fora do ensino e só deverá voltar haver lugar para mim daqui
a uns 10 anos. Até lá vou ter que me virar por outros meios.
O melhor blog sobre o estado da educação e que está sempre em cima do acontecimento é este aqui.
Como arranjei colocação só em Novembro, este ano o contrato foi até ao fim
de Julho em vez do habitual final de Agosto. Portanto, a partir de agora sou
mais um a contar para a estatística do desemprego. E o velho ritual repete-se:
segurança social, centro de emprego e algumas horas de espera porque os
sistemas informáticos nunca estão operacionais, mas vá lá, os funcionários andam estranhamente simpáticos e atenciosos. Há 10 anos atrás tratavam-nos
mal, como se tivéssemos a culpa de sermos licenciados e desempregados,
presenciei gritaria e rebaixamento, devia ser moda gozar com quem não tinha
emprego, mas hoje em dia ninguém está a salvo!
Conclusão da história, neste momento estamos os 2 sem emprego. Vai ser
bonito vai... Aguardem pelos próximos episódios.
O programa Moeda de Troika também
terminou, do qual fui fiel espectador, seguindo atentamente os faits divers de Herman, Rita e Ana. Foram mais as
divagações e as polémicas do costume, do que o aprofundar de temas políticos e
financeiros atuais, sentindo-se nos últimos programas um crivo nas opiniões,
quando ainda pairava no ar a esperança de continuar com o programa, mas as
audiências e outros interesses ditaram o seu fim.
Mais que um debate corrosivo (deixem isso para o Eixo do Mal), foi um abrir
portas aos gostos pessoais deste trio inesperado. Ficámos a saber que Ana
Mesquita já fez de tudo, já esteve em todo lado e já conheceu toda a gente,
assim tipo aquelas pessoas que têm fobia de se sentirem inferiorizadas, e dela mantenho
a minha opinião inicial: uma carinha laroca que faz pela vida, que a aproveita bem,
que beneficia dos privilégios que o mundo publicitário proporciona às gentes
da imprensa e da moda, que não sendo fútil, muito o aparenta. Quem me
surpreendeu mesmo foi Rita Ferro, tanto pela negativa como pela positiva: como
é que uma assumida admiradora de peles verdadeiras, uma seduzida por elementos
da vida política verdadeiramente condenáveis, pode ao mesmo tempo ser tão “senhora
do bairro”, daquelas que se queixam dos problemas monetários, das leis e dos
governos. Tinha dela uma opinião inicial não muito fomentada: uma cara
estranha e pouco televisiva que escreve livros, mas fiquei a considera-la muitíssimo
humana e capaz de se colocar no lugar do cidadão comum. Quanto a Herman nada de
novo a acrescentar, na cultura geral e no mundo do show bizz poucos o batem,
mas o ar de vedette continua lá, embora amaciado pelas dificuldades atuais que
a crise a todos atinge.
Por agora o entretenimento televisivo prossegue com o Face Off na Sic
Radical e o Work of Art na Sic Mulher. Os programas de culinária estão em fase
de repeat e as grandes séries terminaram temporadas. Esperemos pelo Outono.