A incerteza dominou o fim-de-semana. Para começar, o tempo. O eterno culpado dos bons e dos maus estados de espírito. A anunciada chuva para os três dias pouco se viu. O chão molhado pela manhã e uma chuvada na tarde de sábado foram o quanto bastou para dizer que os meteorologistas não se enganaram. De resto, mil caretas e raios de sol envergonhados.
Passei parte da tarde e noite de sábado a arrumar o móvel do escritório. Sem música, pois o espírito também não se definia para que lado estava. Arquivos, papéis e materiais reunidos anos a fio, alguns nem mexidos há um ano, ou seja desde o dia que os arrumei aquando da mudança de casa. Continuo a achar que tenho coisas a mais, papéis principalmente, mas também cds, filmes e bugigangas. A verdade é que não sou muito de deitar coisas fora, na incerteza de um dia as vir a utilizar.
Os gatos também estavam incertos. Mio voltou a ficar estranho e a não querer comer. O medo de outra intoxicação levou-o á veterinária. Mais cuidados, atenções e medicamentos. Depois foi Nic que andou um dia xoxo, como o tempo, o que levantou logo duvidas.
Quanto à mudança da hora, talvez influencie o relógio biológico dos seres vivos. É um mito não comprovado mas que pode ter um fundo de verdade. Por isso, domingo foi um dia arrastado no tempo. Não sei se dormi o habitual, a mais ou a menos. Quando me parecia tarde, o relógio dizia que era cedo, quando me parecia ainda cedo, o relógio dizia que já era tarde. Horas trocadas, mas sem duvida o dia estava maior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário