sábado, 30 de julho de 2011

Hanna


Acabei de ver o filme Hanna e só me deu vontade de escrever algo no blog, mas antes decidi ver o que se diz por aqui: http://depoisdocinema.blogspot.com/ em críticas cinematográficas é para mim uma referência.
A princípio não estava a ver quem era o realizador, mas depois percebi que já tinha visto dois filmes dele: Pride & Prejudice e Atonemente que é um dos meus filmes top pela beleza da realização, da historia e da cenografia. Curiosamente este Hanna é um virar de estilo, não tem nada a ver com os que mencionei a não ser a Saoirse Ronan que tem um papel de grande destaque no Atonemente ainda muito nova. Claro que este filme não seria a mesma coisa sem Saoirse, ela é a alma, as emoções, a serenidade, a inocência e a acção do filme. Grandes pontos para a sua interpretação (já vi ganharem Óscares por muito menos) e prevejo-lhe um percurso consistente dada a intensidade interpretativa com apenas 16 anos.
Outro destaque é sem dúvida a banda sonora. A música e a imagem coabitam como num videoclip e várias vezes tive a sensação de estar a assistir um vídeo tal era a dinâmica das cenas e da sonoplastia.


É um road movie, que começa na Alemanha parte para Marrocos, passa por Espanha, atravessa meia Europa (em poucos minutos) e regressa a Berlim. Outra referencia que estamos perante um filme sem influências americanas, é a multilinguagem presente, do alemão ao árabe, do espanhol ao inglês. Para não falar dos actores: Cate e Eric são Australianos, o realizador e alguns actores secundários são Ingleses e Saoirse é a única Americana, mas tem um aspecto tal que nos leva a crer se tratar de uma actriz de Leste.
Contrariando o que li noutros sites não vejo qualquer ligação ou comparação com Salt nem com Bourne, embora aquele final atabalhoado com Hanna num fundo vermelho seja muito pobrezinho e cheira a Marvel. Quanto à tal história surreal que o Pedro Gonçalves refere na sua critica, sim é uma constante, mas talvez o dado menos credível seja a viagem de Marrocos a Berlim sempre á boleia e sem gastar um tusto. Mas que importa isso, tudo o resto é bom.

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