segunda-feira, 11 de junho de 2012

Imigração & Emigração


Talvez possa parecer que sou anti Portugal, porque não vibro com o futebol e não defendo a seleção!? Errado. Todo eu sou portugalidade pois sempre vivi neste pais e faço conta em continuar aqui a viver e a prosperar, ao contrário daqueles, instigados ou não, que decidem mudar para outros países como que renegando uma vida portuguesa e evitando fazer um esforço para aqui se manterem.
Pensado e analisado o assunto, posso dizer que sou contra a imigração e a emigração, nisso concordo com a política francesa. Acho que devíamos limitar a entrada de estrangeiros, em nome dos postos de trabalho que fazem falta aos portugueses, mas a realidade é que não há qualquer relação entre a vinda de estrangeiros e a falta de emprego, pois todos sabemos que eles fazem o trabalho que os portugueses não querem fazer, porque os portugueses querem um emprego e não um trabalho! Quanto à emigração, renego os portugueses que desistem de tentar no nosso país e partem para fora a pensar que lá conseguem tudo e aqui não.
Há dias estava a dar uma reportagem TVI sobre jovens que neste momento, e a conselho dos nossos ministros, estão a emigrar. Uma delas, licenciada, ia para fora sem nada garantido, sem propostas nem contratos, ia à aventura e disposta a fazer tudo o que houvesse para fazer (minuto 17). Outra, licenciada também, começava a ponderar trabalhar numa área diferente da sua formação em psicologia, estando disposta a ir para a Suiça trabalhar num bar, já que lá poderia ganhar mais do que cá num trabalho na sua área (minuto 18). 
Então esta gentinhas cá não pode trabalhar num bar porque ganha menos, mas lá fora já pode fazer qualquer coisa, até lavar casas de banho!!! Isso de dizer que cá não arranjam nada e que lá fora é que é bom, é conversa de desistentes. Detesto detesto gente assim! Façam ou arranjem coisas para vender, criem os vossos pequenos negócios, procurem trabalhar por vossa conta em vez de esperar que o emprego caía do céu... Pelos vistos a opção mais fácil é fugir... Isto é o que chamo de quitters. 


Geração Adiada
Já lhe chamaram quase tudo. Geração à rasca, geração perdida, geração dos mil euros. Mas em Portugal, os jovens entre os 25 e os 34 anos não chegam a ganhar, em média, 800 euros por mês. Desempregados, empregados precários, jovens licenciados, doutorados, são a cara da geração mais qualificada de sempre. Vivem em casa dos pais. Saíram e voltaram porque não conseguiram pagar as contas. Adiam a constituição de família. Emigram porque dizem que este país nada tem para lhes oferecer. Mais do que os rostos de um país em crise, económica e de valores, eles são a cara de uma geração adiada. Até quando? «Geração Adiada» é uma grande reportagem de Filipe Mendonça, com imagem de Ricardo Ferreira e João Franco e montagem de Miguel Freitas para ver no Repórter TVI. 

2 comentários:

Livro da Actualidade disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Livro da Actualidade disse...

Melhor bem escrito é impossível!
Algumas das pessoas que estão desempregadas, não dão a sola, procuram emprego noutras áreas (nem que seja como disse em cima a lavar casas de banho), não fogem, vão a luta. Sinceramente a gente que nem pensa nas atitudes, que toma!