domingo, 24 de junho de 2012

Ideias


Ideias é coisa que não me faltam, mas concretiza-las é que é sempre mais difícil, para além de que poucas vezes são bem aceites pelos outros. Quando uma pessoa se vê numa situação que tem que procurar fazer algo para subsistir, nem que seja seguir um rumo diferente da sua formação, primeiro que tudo tem que reconhecer os seus skills/aptidões, toda agente tem um talento, algo que é realmente bom, que pode ser cozinhar, jardinar, cantar, etc etc etc. Depois tem que ver a viabilidade da ideia, se vale a pena seguir com ela, se implica mais custos que ganhos e se existe publico e consumidores, é o chamado estudo de mercado. Só então de devem reunir as ferramentas para avançar.
Estas são apenas algumas ideias que vou tendo e acho que ao serem concretizadas teriam sucesso, pois apesar da crise, ainda existe poder de compra para certo tipo de produtos, mas lá está, tudo tem um lado positivo e um negativo:

* Como criar caracóis e cogumelos já está a ficar na berra, lembrei-me das rãs, nunca comi é certo, mas haverá coisa mais gourmet e mais chique que umas perninhas de rã? Penso que os chefs deste país não iriam perder a oportunidade e pagariam um bom dinheiro por este produto raro. Claro que o grande inconveniente seria o local de criação, um sítio impossível de se viver esta-se mesmo a ver. 

* Ainda no capitulo da alimentação, as árvores que temos em produção na Casa do Arco, são a laranjeira e a tília. Com as laranjas já se fez casca cristalizada e será feito licor, com a tília guardam-se as flores para chá. Lembrei-me se seria possível fazer licor de tília e pão de laranja... como tudo é biológico e feito com os métodos mais tradicionais, poderiam tornar-se produtos típicos da zona. 

* Anda por aí a moda dos workshops, toda a gente dá e toda a gente faz. Sushi, culinária, costura, eu sei lá, é preciso é ter um talento e saber usa-lo bem, se não os participantes sentir-se-ão defraudados. Dar um workshop é como dar uma aula e se for sobre um assunto que nos é familiar então estamos como peixe na água. Com a minha formação poderia dar artes decorativas, como já dei a adultos há uns anos atrás antes de fecharem os cursos noturnos, que eram gratuitos. Agora nos tempos da crise seria pouco sensato, pois implicaria o custo do workshop e dos materiais. Mas N sabe fazer pão, se tivéssemos um forno a lenha (também se pode fazer no forno de casa) porque não dar um workshop de padaria, em Lisboa seria um sucesso porque toda a gente sonha fazer pão em casa. O aspeto positivo dos workshops é que aparentemente não há legislação nem burocracia e uma pessoa pode dar o curso onde entender.

* Outra ideia e a que para já parece ter mais probabilidades de avançar é o artesanato. Criar uma figura icónica da vila onde moro, bijuterias com elementos naturais recolhidos no campo e na quinta, enfim as opções são milhentas, é só fazer experiências e ver a que resolta melhor. Mas tenho que me apressar, pois os novos artesãos estão a surgir no mercado que nem cogumelos à sombra.

Um comentário:

Livro da Actualidade disse...

Temos de ter ideias e ter força de vontade de as levar para a frente, ter atitude !
Acho as ideias muito originais principalmente a dos workshops e o ponto dos licores e pão é muito interessante. Nunca vi licor de tília, mas quando estive na Áustria vi pão de laranja e pão de beringela !!