sexta-feira, 29 de abril de 2011

Novidade

Muitas coisas se passaram nesta semana. Domingo, foi de Páscoa. Dei almoço para a família aqui em casa. Segunda-feira de feriado e um dia cheio de sol, foi a vez de dar um jantar para amigos, como há muito não fazia. Acho que começo a tomar o gosto de abrir as portas de casa, receber pessoas e preparar refeições comunitárias. Com tudo finalmente mais composto, sente-se outro ânimo em mostrar o ambiente que se vive neste casa e em seu redor.
Terça-feira foi o regresso ao trabalho... Eu não disse, mas estive de férias. Enquanto uns vão para o Algarve, eu admito que nada fiz durante praticamente duas semanas. Na primeira o sol tórrido reinou, na seguinte foi a chuva, conclusão, o melhor de tudo foi mesmo deitar a horas impróprias e levantar sempre depois do meio-dia, tomar conta da cozinha como habitual e fazer algumas tarefas na rua quando o tempo permitia. Mas este regresso à rotina, com um ambiente de Verão, teve o gosto de um prolongar de férias. Chegada a sexta-feira, a chuva voltou a dar ares de sua graça.
A banda sonora desta semana não podia deixar de ser uma novidade. Posso parecer muito tradicional, mas também gosto de novidades, das últimas tendências, do próximo grito, do que está para vir. Nos últimos tempos, Lady Gaga tem sido sempre a novidade. Mesmo quando está a ser apenas uma continuação de Madonna, consegue por algo de novo no que faz, no que veste e em si mesma.

domingo, 24 de abril de 2011

Olhos

Aqueles olhos. Antes de qualquer outra coisa, foram aqueles grandes olhos de um castanho profundo que me paralisaram. Não há nenhuma outra cor que me transmita sensações, era incapaz de me interessar por alguém que não tivesse olhos castanhos. Lembrei-me agora, tive uma má experiencia com uns olhos indefinidos entre o verde e o azul, daí o meu repudio e descrença total. Mas este olhar em concreto que tanto me diz, muito mais que o corpo ou outros detalhes atractivos, tem algo de doce e de obscuro. Terrível não! Mas atraí como um íman e ao mesmo tempo provoca-me receio, receio de tudo, também de mim mesmo. Este quer e não quer, este pode mas não faz que tanto me caracteriza, mais uma vez se reflecte nesta situação. Já me dei conta que estou perante aquelas oportunidades únicas na vida… e como sempre não a vou aproveitar. Está visto, não aprendi nada até agora! A prova é que estou consciente que isto não vai durar para sempre e vou perder a oportunidade mais tarde ou mais cedo. Mas eu tenho os meus motivos. Há sempre alguma coisa que me faz adiar as coisas, recusar boas oportunidades e pessoas que aparecem. Mas os meus actos dizem uma coisa, reflectem desinteresse e frieza, contudo não é o que realmente sinto. Esses olhos castanhos onde vejo algum abandono e carência de afectos, fazem-me querer quebrar as regras. Mas eu estou numa situação confortável e não me tem apetecido sair dela, da minha zona de conforto. Sair daqui é arriscar, é enfrentar o desconhecido, passar por situações como as que vivi no passado e não quero sentir mais. Aqui estou protegido. Tenho tudo o que quero e preciso. Bom, quase tudo!
Desde que vi o trailer do filme Red Riding Hood, com os primeiros acordes deste The Wolf de Fever Ray que o meu espírito augurou algo de bom. A música não desiludiu, misteriosa, sinistra q.b., consegue nos transportar para uma outra dimensão, o filme idem aspas. Tem aquela atmosfera que eu gosto, entre a sedução e o calafrio, o conto de fantasia com toques obscuros. Todo um ambiente de dúvida, incerteza e receio, que tanto me faz lembrar aquele olhar.

 Cenas do filme "Red Riding Hood"


segunda-feira, 18 de abril de 2011

Chuva

Está mais do que comprovado, os meteorologistas não se enganam. Aguardava-se chuva para esta semana, mas até á pouco o dia esteve impecavelmente solarengo. Depois das 17h as nuvens começaram a reunir-se, depois a escurecer, aos poucos trovejou e às 18h30 a chuva chegou. Eu gosto de chuva. Principalmente quando vem assim para aliviar a carga de calor que existe na atmosfera e deixar no ar um cheiro a terra molhada. Tem algo de bênção da natureza. A terra e as plantas já estavam a precisar e nós também já precisávamos de um intervalo nas regas. Se vier uma boa chuvada ou se manter por um dia ou dois é suficiente para saciar os terrenos e as plantações continuarem no seu processo de crescimento. Também eu cresci ao som de uma balada que fala de chuva e de amor.



domingo, 17 de abril de 2011

Shelter

5 da manhã e ainda estou no computador. Lá fora os galos já cantam, aqui dentro uma música é ouvida pela milésima vez. Descobria-a esta noite no filme “I am number four”, fiquei automaticamente seduzido com este sussurrar doce e palavras cheias de significado. Depressa descobri que era XX – Shelter. Lembrei-me logo daquela pessoa que á uns tempos me disse gostar deste grupo. Impulsivamente enviei lhe mensagem... Apesar de já não te lembrares de mim, dedico-te a.



sexta-feira, 15 de abril de 2011

Morangos

Quando chega a Primavera também chegam os morangos. É lindo de ver os primeiros nas bancas do supermercado, vermelhos garridos depois de um Inverno cinzentão. Mas não deixo de pensar que se ali estão a estrear e a preço ofensivo é porque provem de estufas e sabe-se lá como atingiram tal magnitude tão pouco natural. Mas depressa esqueço, a cor e o cheiro apelam e a imaginação culinária quer criar. Conforme surgem em maior quantidade o preço baixa e consegue-se encher o frigorifico com facilidade. Já me fartei de come-los ao natural, com açúcar e em doces vários(ahh esclareço desde já que os da foto foram preparados por mim, no entanto isto não pretende ser um blog de culinária OK… mas irei falar muitas vezes de comida, essa coisa maravilhosa).


Finalmente os morangos que tinha plantado deram flor e agora fruto. Não são grandes como os do supermercado, são miúdos, escarlates, sabem a morangos de verdade e são 100% biológicos.




domingo, 10 de abril de 2011

Calor

Não devíamos estar na Primavera? Que calor veraneano é este em pleno Abril? Parece que passámos do frio gélido para o calor extremo, sem passar pelo meio termo.
Os casacos já não são tolerados logo pela manhã e em vez das roupas de meia estação, passou-se imediatamente às mangas curtas, calções e chinelos. É arrumar as roupas de Inverno e pendurar as de Verão, o roupeiro deixa as cores monótonas e enchesse de cor.
Com o tempo assim começasse logo a pensar em praia e em férias. E há quem passe dos pensamentos aos actos. Por mim, fico-me pelas palavras porque os fins de semana têm sido ocupados com tarefas caseiras. Pinturas, limpezas, plantações e jardinagens.
Abril chegou e como previa, a Tília numa semana passou do nada para o germinar das folhas. Mais uma semana e ficará totalmente preenchida e cheia de sombra. As obras no alpendre finalmente terminaram. O baloiço já está posto e o primeiro almoço familiar desta estação aconteceu no sábado.


quinta-feira, 7 de abril de 2011

90's

No embalo do que escrevi no post anterior e ter recordado os anos 90, senti-me impelido a vasculhar a pasta das músicas dessa época. Por vezes faz bem ir aos baús e recordar o passado, porque há músicas que não passam de moda e há pensamentos e sensações que revivemos com elas. Com a entrada numa nova década, os 90’s ficaram a uma distância de 20 anos o que provavelmente vai levar a um revivalismo de toda a sua ambiência. Tal como havia acontecido com os anos 80 que até agora têm servido de inspiração para músicas e modas. 
A minha adolescência foi vivida nos anos 90 mas não os recordo como tempos kitsh, pois foram muito mais contidos que os anos 80. A cultura jovem foi muito diversificada e ramificou-se em tribos num universo social muito diverso. A expressão estava nas roupas, nas tatuagens, piercing, consumo de drogas, nos diversos estilos musicais e no sexo na adolescência. Todos procuravam uma identidade própria ou um grupo social com que se identificassem, procurando assim uma imagem pessoal e única. Eram os primórdios da individualização da imagem.
Recordo a moda muito mais sóbria e monocromática, com o preto e o branco a reinar tanto na roupa como nas publicidades e clips de música. Procurava-se algo intemporal, algo para a posteridade, que não passasse de moda e que só estas cores conseguem transmitir. Ainda não tinham surgido as lojas de roupa de massas e a Levis imperava como grande marca de calças. Inspirados pelo estilo hippie, rasgavam-se gangas ou manchavam-se com lixívia. Também se ressuscitaram as boca-de-sino que perduraram muitos anos e que eu usei e abusei. Numa vertente mais rock/grunge (estilo musical em voga) usavam-se calças elásticas e camisas de flanela aos quadrados. Calçavam-se botas Dr. Martens, sapatilhas All Stars rotas e usadas até mais não, que contrapunham às Adidas brancas Stan Smith. Os sacos a tiracolo usavam-se em vez das tradicionais mochilas e os discman ultrapassaram os walkman. Tudo isto e muito mais se pode encontrar neste site que mostra o retorno dos 90's na moda urbana actual http://fashiongrunge.com/
Nos cabelos, durante os primeiros anos, predominou o corte à tigela para os rapazes e poupas enormes empestadas de gel para ambos. Por outro lado cabelos lisos e longos com grande influência de Kurt Cobain.
O rock, o grunge, o pop, o disco, todos os estilos musicais eram ouvidos. Deixo aqui algumas músicas que retratam esse tempo e que ainda hoje não consigo deixar de ouvir.